terça-feira, 27 de agosto de 2013

Meias palavras que deveriam ser inteiras


          Hoje eu não quero falar de você; mas, se quisesse, eu diria que sua fé em mim me foi tão encorajadora quanto o impulso inicial de uma maratona. Eu, que não bebo, me vi embriagada com sua abundância de novos-começos-partindo-de-um-fim-não-muito-eficiente. Existem seis passos depois disso, você sabe.
          Você sabe também que, quanto mais vinte-e-setes, melhor. Sabe que dez reais podem pagar quase tudo e que post-its e canetas pretas fazem uma combinação mais que agradável. Você sabe uma infinidade de coisas e, se não souber, não importa; você ao menos já soube um dia.
          É assim mesmo, com hiatos e meias palavras, que informo a você que ainda acredito em Veneza, em fotografias na parede e em todas as outras coisas. Só pra constar nos nossos registros, eu também tenho fé no que é certo, no que é complicado de alcançar.
          Eu, que não bebo, me embriaguei com minha única certeza: você.

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